ERA UMA GUERRA

eu fazia parte do exército, soldado raso com arma na mão.

Uma operação noturna estava programada. Um chefe nos conduziria a um lugar a ser invadido. Os inimigos estariam por perto. Todos de preto como num Counter strike (ou como eu imagino que deveria ser um counter strike).

A chefe nos tranquiliza dizendo que será fácil, nossas armas possuem mira automática. Isso quer dizer que elas já estavam pré-programadas para acertar o alvo, pouco importava a direção em que eu apontava, e eu era meio inexperiente nessa coisa de guerra, a arma traçaria uma reta (por dois pontos passa uma única reta) com laser.

E eu vi o laser da minha arma se mexendo mesmo, fixo no alvo. E justo no alvo, todos os lasers de todos os soldados convergiam. Uau.

Ficamos à espera do comando. O problema é que um soldado inimigo se aproximava, eu o via, mas não podia sinalizar porque estava escuro; não podia falar pq estava silêncio. O soldado se deu conta da minha presença e facinho me matou com um tiro. Operação fracassada.

Morri, o sangue esfriava no meu peito. Ainda assim pude dizer que aquela arma era uma besteira.

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anameliacoelho

Conto estórias, crocheto, tricoto, junto fios e tramas.

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